Os Amor Electro estão cada vez mais maduros, com a experiência acumulada dos concertos ao vivo a fazer-se sentir na forma solta - mas precisa! - com que materializam as novas ideias musicais de "#4". Um notável conjunto de canções com contributo de todos os elementos e produção de Tiago Pais Dias que serve de trampolim à voz versátil e poderosa da carismática Marisa Liz.
No novo disco voltam a beber no cancioneiro popular, desta vez elegendo “Canção de embalar” de José Afonso para um notável exercício de revisitação, e dão largas à sua costela electrónica, absorvendo estímulos sobretudo na synth-pop dos anos 80 (com as teclas de Ricardo Vasconcelos a tecerem malhas retro-futuristas), mas também no trip-hop seminal da cena de Bristol (lançado nas linhas de baixo encorpadas de Rui Rechena) .
Neste “#4”, para além do hino “Juntos somos mais fortes” e do já incontornável “Procura por mim”, há temas tão fortes quanto impactantes como “Vai dar confusão” (balanço funky apontado à pista de dança), "Sei" (mistura vintage ondulante com erupção hip-hop inesperada de Miguel Pité) ou o próximo single, “A miúda do café” (clássico electro-pop irresistível para dançar e cantar a plenos pulmões).
A maior parte das letras de #4 são da autoria do baterista Mauro Ramos e de Marisa Liz, mas há que destacar a co-autoria de Fernando Tordo no arrepiante “O nosso amor é uma canção” (com Tiago Pais Dias a partilhar o microfone com Marisa), Jorge Cruz que fala de “Candeias às avessas” e Hugo Sá, fã da banda que impulsiona “A barca”.
Será caso para dizer com o novo “#4” e com os Amor Electro somos mais fortes, e mais felizes.
Os Amor Electro são sinónimo de talento. Têm-se pautado sempre pelo risco ao percorrer novos caminhos, renunciando ao conformismo do confortável, escrevendo a cada passo mais uma linha no seu crescimento e evolução. Fazem parte da geração que consolidou a música portuguesa e que perdeu a vergonha de cantar na língua de Camões. A sua matriz de pop rock musculado de veia sinfónica e pendor maximalista, a pedir espaço para a música respirar e crescer, amplitude de movimentos para se exprimir, alterna com uma vocação intimista e apaixonada, genuína e sentida.
O disco está à venda no dia 1 de Junho, na compra do disco os fãs têm acesso ao concerto de apresentação de 7 de Junho no Village Undergound em Alcântara.