O hip hop e o fado têm muito mais em comum do que se poderia pensar. E só alguém que amasse tanto as duas culturas poderia facilmente ver o que as une em vez de se focar no que as separa. Alguém como Stereossauro.
Quando remexeu em “Verdes Anos”, abriu um universo de possibilidades. De repente, ganhámos todos uma música que era nossa, que era moderna e intemporal, que olhava para o passado e para o futuro e por isso definia o presente.
Stereossauro deu agora o passo seguinte: BAIRRO DA PONTE é o disco que será editado dentro de semanas com selo Valentim de Carvalho.
Partindo dos masters originais de Amália Rodrigues e Carlos Paredes depositados nos arquivos da Valentim de Carvalho, Stereossauro criou um espantoso trabalho de fusão entre tradição e modernidade, carregado de história mas também de sonhos de futuro. E quando descreve o processo, não esconde o entusiasmo e usa, com frequência, palavras como “arrepio” ou “privilégio”.
E é isso que sentimos ao ouvir o primeiro single do disco. “FLOR DE MARACUJÁ”, com letra de Capicua, a voz de Camané e a bênção de Amália.
«Cantar como quem despe», ouvimos na voz de Amália Rodrigues nos primeiros segundos. Camané junta-se logo depois a Stereossauro no perfeito encontro de tribos e gerações, criando uma linguagem muito própria, mas com a qual todos nos identificamos, por nos ser tão familiar.
A emoção que "Flor de Maracujá" carrega é amplificada no videoclipe que acompanha o single. É no bairro que tudo se constrói, estreitam-se os laços e engrandece-se a vida.
É assim que Stereossauro nos convida a entrar no BAIRRO DA PONTE, que não será apenas um álbum, mas a nova voz de uma velha cidade que pede para ser ouvida.
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