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Edições VC

Amália Rodrigues

Amália Rodrigues é sinónimo de Fado e de Portugal. Mas Amália é ainda mais do que isso. É uma artista inteligente e versátil, intérprete e poeta, actriz e sedutora, diva e eterna.

Como dizia António Variações, "Todos nós temos Amália na voz".

"Fiz dos teus cabelos a minha bandeira
Fiz do teu corpo o meu estandarte
Fiz da tua alma a minha fogueira
E fiz, do teu perfil, as formas de arte

Fiz das tuas lágrimas a despedida
Fiz dos teus braços a minha dança
Dei o teu sentido à minha vida

E o grito dei-o ao nascer de uma criança

Todos nós temos Amália na voz
E temos na sua voz
A voz de todos nós

(...)"

 

[PT]

É difícil encontrar mais do que um punhado de vozes em todo o mundo cuja Arte se mantenha inultrapassável por mais de três décadas. São poucas as que nos conseguem surpreender ao longo de uma carreira tão grande, mesmo usando ferramentas aparentemente simples. E só um pequeno número de escolhidos consegue atingir um tal nível de paixão que acorda em quem os ouve a crença de que, afinal, a alma humana é muito mais rica e profunda do que pareceria à primeira vista.

Tentemos nomear alguns desses escolhidos: Sinatra, Ella, talvez mais dois ou três ao todo, não mais de dez ao longo do século XX. Amália é um deles.

Embora a sua carreira tenha começado em 1939, foi só em 1945 que ela começou a gravar, e até 1951 apenas registara cerca de 50 faixas (o equivalente a 3 CDs atuais). 1952 marcou o início de uma nova era: Amália começou a gravar para a Valentim de Carvalho, correndo cada vez mais riscos, buscando algo mais, algo de diferente, na sua escolha de repertório e arranjos, no seu modo de cantar. Mas sem nunca abdicar de ser a sua alma a guiá-la nessa busca – partilhando a tragédia, a alegria ou a ansiedade, sem preocupações de ter de provar o que quer que fosse.

Alguns dos seus contemporâneos poderiam ser mais leais ao classicismo do Fado – mas o Génio nunca é leal a regras! Outros podem ter preferido acompanhar as modas – mas a Alma nunca aceita tais ditaduras. O facto é que nenhum outro Artista Português conseguiu manter-se tão vibrante, tão vivo, tão significativo, tão Português – e contudo tão universal! – ao longo de uma tão longa e tão extraordinária carreira.

 

[ENG]

It is difficult to find more than a handful of voices in the whole of the world whose talent has remained unsurpassed for over three decades. There are few that still manage to surprise us even after such a long career. Only a select few can reach such a level of passion that awakens a belief in those who listen that, afte rall, the human soul is much more profound than it appeared to be at first. To name some of these select few: Sinatra, Ella, maybe two or three more, but no more than ten throughout the twentieth century. Amália is one of these select few.

Despite her career having begun in 1939, it was only in 1945 that Amália began to record, and up until 1951 there are only about 50 registered recorded tracks (the equivalent to 3 CDs nowadays).

1952 marked the beginning of a new era: Amália began recording for Valentim de Carvalho, each time taking more risks, each time pushing even further, trying new things, both in her choice of repertoire as well as in her manner of singing. But despite taking all of these risks, she never gave up her soul which guided her through these choices.

Some of her contemporaries may have been more loyal to the classicism of Fado, however, a genius is never truly loyal to the rules. Some may have preferred following these conventions but her soul could not be restricted to such orders. The fact is that no other Portuguese artist ever managed to be so vibrant, so alive, so significant, so Portuguese and yet so universal, throughout such a long and extraordinary career, as Amália’s was.

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